segunda-feira, 26 de junho de 2017

Aventura! Aventura!

Depois de diversas tentativas frustradas de viajar, fiquei pronta sem saber! Arrumei passaporte, fiz todas as vacinas (sabe que existe uma carteira de vacinas pra adulto?) e fiquei ali sonhando, mas não era muito sério. Até que um dia recebo um convite mais ou menos assim: "estou na Tailândia, quero vir passar o reveilon com a gente?" Pronto! era só o que faltava! Fui. E aí começou a grande viajem que ainda não terminou.

 Nunca tinha comprado passagem aérea internacional mas comprei. Algumas coisas eu entendia, outras traduzi. Resolvi que ia chegar lá 30 de dezembro e não pesquisei a mais barata nem programada nem nada; comprei a que chegava lá 30 de dezembro. Vocês não precisam fazer isso. Dá pra comprar com calma e pagar parcelado. Mas enfim... Foi a melhor coisa que fiz na vida e a coisa mais linda que vi até agora!
A viagem foi tranquila. As aeromoças falavam inglês e alemão e eu não. Um passageiro passou mal mas eu não consegui descobrir qual foi o problema. E a cadeira do passageiro atrás de mim quebrou não sei como.Quando alguém insistia muito em falar comigo e eu com o meu parco inglês não conseguia me fazer entender, pegava o tradutor do celular e escrevia coisas bem simples como estou com fome, quero água, Eu sou Fulana de Tal, venho do Brasil, não falo muito bem (nem mal) inglês etc; Até me apresentei para o casal que viajava ao lado. Eles foram super-simpáticos e compreensivos.
Tomei um calmante...

Quando cheguei em Frankfurt, nossa! Estava realmente cansada (11 horas dentro do avião). Dormi muito e acordei em outro mundo. Não entendia o aeroporto que é gigantesco e muito menos o que estava escrito, claro. A conexão para Bangkok demorava várias horas, eu poderia ter saído do aeroporto mas não sabia disso e também não tinha forças. Além do mais, a mala embarca em S.Paulo e só se pega em Bangkok.

 -dica: leve seus pertences necessários numa maleta de mão, inclusive uma toalha (se você não gosta de alugar toalha). 
-dica: Se você não sai do aeroporto não precisa passar na alfândega.Se saí, depois tem uma operação "antiterror" pra voltar. Explico depois. 
-dica: os aeroportos tem algum hotel "escondido" onde você pode passar algumas horas descansando. Alguns tem pelo menos um lugar para banho. Disse "escondido" porque em alguns países não é permitido hotel dentro do aeroporto.

 Todos os aeroportos tem n "salas" de espera que enchem e esvaziam toda hora. Mas o aeroporto de Frankfurt tem muitas salas que quase não são usadas. Muita gente dorme ali. Eu também. Não dormi mas me estiquei um pouco, um bom pouco,embora muitos e muitos avisos de "não durma aqui".
Uma coisa bem interessante foi o alto-falante do aeroporto falando espanhol e dando avisos diretamente para o pessoal sul-americano. Aliás para a Europa a América do Sul e do Norte são separadas (não sei onde). A América do Sul é outro continente...

Site do aeroporto de Frankfurt: https://www.frankfurt-airport.com/de/reisen/rund-um-den-flug.html

 Quando saí do aeroporto de Frankfurt conhecia todos os garçons, as atendentes riam quando eu chegava perto,tinha comido de tudo e visto todas as roupas nas vitrines...
 Foi nessa ocasião que eu comecei a falar minha língua própria, que é uma mistura de palavras em espanhol, inglês, alemão e qualquer outra...tudo misturado, sem gramática e regado a Google.

 O aeroporto de Frankfurt tem vários andares pra cima e pra baixo. Passa o trem/metrô dentro do aeroporto. O aeroporto tem mapa, tem wi-fi, tem tomadas de energia, tem quiosque de passagens. O trem liga o aeroporto á estação central de trens onde você pode pegar um trem pra muitas e muitas cidades da Europa.


O avião saiu na hora depois de algumas trocas de portão, o que me fez ficar "de orelha em pé" pra entender o que diziam. Estava lotado. Pensam que um avião lotado de alemães é silencioso, ordeiro, daquele jeito esteriotipado? Ledo engano! Todo mundo conversava, ria, se mexia, alguns andavam pelo corredor.
 A viagem foi ótima. O avião tem uma camera que mostra o que está acontecendo embaixo. Vi as montanhas, cordilheiras, montanhas nevadas, rios, mar. Vi o Ganges, isso é inesquecível. Foi uma aula de geografia forçada, mas foi.
Para ver a Rota Frankfurt/Bangkok clic aqui. http://pt.distance.to/Frankfurt-Flughafen/Bangkok

Quando as aeromoças começam a guardar tudo e a não querer saber de nada é porque está se aproximando o destino.

sábado, 24 de junho de 2017

Objetivo do blog: informar e conversar sobre viagens do ponto de vista de quem tem 65 anos ou mais (e um pouco menos). Alguns avisos: o que eu disser é por minha conta mas não me responsabilizo pelas palavras e idéias dos outros; pode pensar diferente, pra mim está bem; aceito colaborações de outras pessoas que viajam e tem outro tipo de experiência; Estou interessada em viver em comunidade, cada um na sua casa mas juntos (vai entender isso né?). Não tenho prática com blogs. A coisa vai se construindo conforme eu for aprendendo e conforme eu for lembrando; Tenham paciência por favor. Mas antes de começar toda essa "trapaiada" aqui, quero dizer Bem vindos! que toda essa conversa seja útil, que você que está fazendo nada em casa tome coragem, pegue sua mala ou sacola e saia pro mundo. Vá até a cidade mais próxima, sente na praça. Passe um dia. Sempre aparece alguém pra conversar. Dê passos de bebê. Chega de ficar em casa. As coisas que você cuida tanto ano vem estarão fora de moda, vão custar muito menos do que você pagou; viajando você vai ter novas experiências, conhecer gente nova, vai compreender melhor você mesmo e os outros. Fora! Fora!pro mundo! Agora sim, começa... As vezes é difícil ter 65 anos ou mais. Outras vezes não.Tô falando de 65 anos' no corpo. Acho que o mundo não tá muito (nem pouco) preparado pras pessoas viverem mais. E viverem ativas, fazendo coisas, pensando, comparando. Inevitavelmente a gente compara. Não é "no meu tempo era melhor". Isso não existe. Nosso tempo é agora se estamos vivos. Vivo ou morto é outra discussão futura. Só falo português. Problema? Nem sempre; Fico observando; Vejo que as pessoas são diferentes e parecidas em qualquer lugar. Agora estou em Paris. Ai que chic! Não é bem assim. As pessoas andam na rua com sacolas, carregando malas, com carrinhos de compras ou vendas; Com crianças, mexendo ou falando no celular, mal vestidas. Nada lembra os anúncios de revista. Tem pessoas altas, baixas, magras, gordas. Mendigos pela rua. A poluição do ar, a vibração do metrô, o barulho, o trânsito estão estragando tudo. E Paris é arborizada! pelo menos na parte turística. Vim de trem do aeroporto , passei por alguns subúrbios. São pichados, sujos; tô querendo esculhambar Paris? não mesmo. É bonito! Mas é menos que o sonho. Nem ia começar por Paris mas já que estou aqui deixa eu dar algumas informações importantes: 1. banheiros na Europa: é pra botar o papel higiênico no vaso. Lá não tem cesto de papéis. Eles tem uma rede de esgoto muito maior que a nossa. 2. Chuveiros: não tem. Os banheiros estão do tamanho de armários. Tem box com um tipo de chão que parece uma banheira e um chuveirinho com cano flexível (que esquenta). Em alguns lugares tem um "cabide" pra pendurar o chuveirinho e aí você toma banho "de cima".Em outros lugares não tem. 3. Elevadores: meudeusdocéu socorro! são modelo 1850. Você tem que abrir e fechar a porta, não é automático. Se esquecer de fechar a porta, o elevador fica parado no andar e o próximo usuário te xinga. 4. Malas: desapega da sua tranqueira! você vai ter que carregar a mala. Não esqueça disso! Ninguém carrega a mala pra você, não existe carregador e é tudo cheio de escadas e subidas e descidas. E sempre existe uma obra... 5. Nos lugares que tem metrô sempre alguma linha vai pro aeroporto e custa mais caro. Mas em cada lugar o metrô tem um horário, então consulte a tabela do horário antes! Todo mundo anda com malas no metrô e nos ônibus. Inclusive os ônibus tem lugar pra por malas (e carrinhos de crianças); 6. Sacolas: leve sua sacola ao supermercado. Se não levar vai trazer nas mãos ou onde der. Ou vão vender uma sacola e você vai ficar cheia de sacolas pagas. 7. Supermercados: ninguém tem muita paciência nos supermercados, principalmente no caixa. Fique com o dinheiro ou o cartão á mão e a sacola. Faça lista de compras e se não fala bem o idioma arrume um jeito de traduzir; eles não gostam de "passeantes" no supermercado (o que é bem difícil, os supermercados tem produtos de toda Europa e algumas coisas que a gente nunca viu).