terça-feira, 4 de julho de 2017

BANGKOK


Na Ásia tudo é imenso e colorido. O aeroporto de Bangkok é o segundo mais movimentado da Ásia. Pode esquecer os filmes de kung fu. Ainda existem pequenas vilas, mas são modernas, ligadas por estradas boas ou barcos. Viajei no verão, na época das chuvas.

Quer saber sobre monções (chuvas), clique aqui:
http://www.melhoresdestinos.com.br/moncoes-asiaticas.html

Lá quando chove não esfria, então, a minha bagagem se resumiu a 2 shorts, 2 vestidos, algumas blusas e roupa íntima. O que foi ótimo, porque lá as roupas são baratas e praticamente não passei trabalho carregando mala...

Aeroporto Internacional de Bangkok, Suvarnabhumi:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aeroporto_Internacional_de_Suvarnabhumi



Sendo a Tailândia seu destino, você passa na alfândega e pega a mala, mas não sem antes percorrer quilômetros (exagero, algumas muitas centenas de metros), preencher 2 formulários em inglês e passar no oficial de alfândega. Depois da fila, claro. Fila é um negócio que vai fazer parte da sua vida de viajante, a não ser que você seja muito VIP (muito mesmo!).

O/a oficial da alfândega tem "poderes" pra deixar você entrar ou não no país. Eu entrei "loca" de medo porque eles não tem cara de muitos amigos e gritam "next!", como se a gente tivesse carregando não sei-o-que não-sei-onde, mas essa impressão se desfaz logo ali, principalmente comigo que aprontei uma confusão, sem querer, na chegada (conto mais logo abaixo).

No saguão do aeroporto pode-se comprar chip de internet para uma semana, um mês, de vários tipos de pacotes. Uma facilidade que eu não conhecia. E tem um pessoal querendo e conseguindo vender quarto de hotel para uma noite, perto do aeroporto, porque esse aeroporto é um "centro de distribuição" de gente pra China, Índia, Rússia etc., e, conforme o lugar, o tempo de conexão é muito longo. Não deve ser por falta de avião e nem de companhia aérea. As companhias ocidentais ficam num cantinho e as orientais ocupam dois terços do aeroporto, inclusive com nomes que eu nunca tinha ouvido. E são grandes...!

- dica: experimente pelo menos um prato da culinária local (do país onde você vai) antes de ir. Antes! Guarde bem esse aviso.

Como o reveillón era numa ilha, fui numa companhia aérea local comprar uma passagem para Surat Thani, o aeroporto mais perto de Ko Samui, onde iria ficar.
Não tinha mais passagem para o dia! Saía avião de hora em hora e não tinha mais passagem. Dormir em Bangkok sem reserva de hotel (lembra dos vendedores de quarto lá do saguão? pois é...)... E pior do que ir não sei pra onde numa van que eu não conseguia saber o nome, foi eu passar o cartão de crédito na companhia aérea e o cartão dizer que eu não tinha dinheiro! Fiquei arrasada! Milhares de desgraças passaram pela minha cabeça...

Recuperada do susto, procurei a casa de câmbio no aeroporto e tive uma surpresa maravilhosa:  cada 100 dólares que eu trocava ficava rica! Nossa! nunca fui tão rica na vida!


Mas ainda tinha outra confusão: o inglês do pessoal do hotel era pior que o meu. E mais: eles sabiam algumas palavras, justamente as que eu não sabia, mas não sabiam ler. O alfabeto deles é   completamente diferente do nosso. Aimeudeus! Eis que entra na conversa uma senhora que falava sem parar por mais que eu dissesse que não falava inglês e não estava entendendo. Não sei o que ela queria me vender. Fosse o que fosse, disse "não" várias vezes. Mas ela acabou me convencendo a ir no aeroporto novamente. Foi tudo um mal-entendido horrível. Acabei dentro dum táxi sozinha, após sair pelo lado do hotel numa rua de terra.
Quando resolvi o problema no aeroporto, me dei conta que não sabia voltar e nem sabia o nome do hotel!
- dica: tire uma foto do nome do hotel e, se der, do endereço, principalmente se não dá pra pronunciar.
- dica: fale com seu banco. Diga onde vai e o que fazer se der problema. Ficando claro ou não, leve dinheiro. O Banco do Brasil tem um serviço pra quem está no exterior que atende em inglês. Só em inglês!
- dica: por mais que você queira se resolver sozinha, tenha alguém no Brasil pra ajudar porque a maioria das empresas não sabe o que é fuso horário, não tem ideia do que é estar 10 ou 11 horas na frente do horário de Brasília e querem que se resolva coisas de madrugada... grande falha (delas)!
- dica: a maioria do mundo não sabe onde é Brasília, nem o Brasil. Leve um mapa ou dê um jeito de mostrar (ás vezes o celular resolve, nem sempre). Passei a dizer que morava em São Paulo pra facilitar as coisas. Mencione jogadores de futebol, fica mais fácil.




Bom. Então eu estava no aeroporto perdida. Os vendedores de hotel tinham ido embora. Não sabia o nome nem o endereço do hotel. Fui na polícia do aeroporto. Através  do tradutor (uma falava inglês), gestos  e algumas palavras, consegui me fazer entender: estava perdida, sem mala e tinha que viajar no outro dia. Fiquei no mínimo 3 horas na delegacia". Eles foram maravilhosos. Depois de muito rolo, conversa, água, desisti da mala (e eles disseram não), já estava sentada atrás do balcão com eles. Alguém teve a ideia de me perguntar quanto gastei de táxi. Falei 60 bath. "Tem certeza?" "Sim", respondi. Pronto. Eles procuraram os hotéis que ficavam a 60 bath de táxi dali e me mostraram a fachada no celular.  Saí da delegacia quase meia-noite, acompanhada pela polícia, que arrumou o táxi e falou com o motorista, além de me dar esse bilhetinho aí em cima e garantir que a corrida custaria 60 bath. No outro dia, às 6 horas, voltaria ao aeroporto rumo a Surat Thani.


Eu com os meus novos amigos da polícia.

Bom, agora vou dormir porque me cansei de tantas emoções. Amanhã tenho que viajar.

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