SEXYGENÁRIOS VIAJANTES: O Santuário da Verdade

A viagem de Ko Samui a Pattaya, de ônibus, foi no minimo muito instrutiva.
Começando pela passagem, comprada numa agência de viagem, em inglês, onde o agente não deu a minima pra nada do que eu perguntei e que ficou acertado. O bilhete era um papelzinho mimiografado (ainda existe isso) e eu joguei fora ou melhor, perdi dentro da bolsa. Tudo escrito em tailandês. A única coisa que eu entendi era que devia pegar um ônibus amarelo (que estaria esperando) na estação das barcas. Caramba! tinha ônibus de tudo quanto era cor a 200 metros de distância... no asfalto cru! lá vou eu puxando aquela mala nas pedrinhas...
Gente! acho que precisam inventar malas voadoras ou por controle remoto, sei lá.
Bem. Entrei no ônibus e tentei mostrar a passagem. A sargento ou melhor, a motorista/cobradora dava mil comandos que, claro, eu não entendia. Até que ela gritou "sit down" com tal fúria que eu (louca de medo) sentei imediatamente no primeiro banco.

O resto da viagem foi tranquilo. Nem lembrei que eu estava sozinha no outro lado do mundo, sem falar a língua.
Passamos por muitas vilas camponesas, plantações incríveis (sei la do quê), muitos rios. Foi legal, conheci o interior da Tailândia como é realmente, sem maquiagem.
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Para ver o trajeto de Ko Samui a Pattaya clique aqui

Dentro do ônibus pude observar os costumes, os comportamentos, principalmente porque era um transporte comum, de moradores locais para cidades maiores.
Me impressionou que algumas pessoas cobriam o rosto com um lenço (ou qualquer pano) quando queriam dormir (ou não serem incomodadas). Eles não tem meias palavras - nem inteiras. - Costume adotado!
Interessante também a parada para jantar. Uma estação grande com um tipo de supermercado mas divido por religiões (ou etnias)! Ficou claro que cada grupo se dirigia a um setor. E eu? pra variar não sabia onde ir. Acabei comprando algo parecido com biscoitos (o mais americano possível) e passeando por tudo, admirando comidas que nem imaginava o que seriam. E olhando de canto de olho para as pessoas...
Chegamos de madrugada em Pattaya, numa rodoviária que não condiz com o tamanho e importância da cidade e consegui uma coisa que devia ser táxi mas era uma camionete onde iam passageiros e malas juntos, atrás. Enfim cheguei no hotel, era isso que interessava.

Mais sobre Pattaya clique aqui

Pattaya é grande, cidade de praia, conhecida também como o lado B da Tailândia. Acontece muita coisa lá que eu não quero nem saber. Pesquisem aí que o negócio é de arrepiar.
Mas eu tinha um objetivo bem claro que era conhecer o Santuário da Verdade e conheci. Dizem que os lírios só nascem em águas lamacentas, né? Pois é.
Caminhei pouco pela cidade, só na parte norte porque arrumei um hotel perto do Santuário. De dia não me pareceu assustador. Vi muitas barracas de comida (cheirosas, muito temperadas) na rua, estas estreitas e sinuosas bem estilo oriental. Muitas motos.
As instalações elétricas, sim ,é que são apavorantes.
Depois da habitual procura por comida, todas as mímicas e traduções no hotel arrumei um táxi de verdade e fui passar a tarde no lugar mais lindo, mais-mais que já vi até agora:

O SANTUÁRIO DA VERDADE (Sanctuary of True)

entrada do Santuário

escadaria que leva ao Santuário (desce á praia)

a homenagem ao Rei e o museu do Rei

maquete do Santuário

árvore dourada

Não consegui exatamente o significado dessa árvore mas sei que ela tem a ver com a Vida e com dinheiro. Além das folhas naturais são coladas milhares de folhas de papel dourado. Talvez signifique abundância.

O Santuário

O Santuário é completamente esculpido em madeira. Por ser na praia ele tem sempre duas cores: o marrom da madeira nova e o cinza da ação do tempo. É um pavilhão imenso, sem portas. Construído de tal forma que a temperatura fora é mais ou menos 35 graus e dentro corre uma brisa maravilhosa, atraves de aberturas estrategicas no teto.
Turmas de operários-artesáos se revezam na manutencáo do prédio.